terça-feira, 2 de março de 2010

Existindo...



Se todo o ser ao vento abandonamos

E sem medo nem dó nos destruímos,

Se morremos em tudo o que sentimos

E podemos cantar, é porque estamos

Nus em sangue, embalando a própria dor

Em frente às madrugadas do amor.

Quando a manhã brilhar refloriremos

E a alma possuirá esse esplendor

Prometido nas formas que perdemos.


Sofhia de Mello Breyner

1 comentário:

CR disse...

Excelente, pela imagem e pelo poema.
Um abraço.