Tenho lido vários artigos que analisam o quanto a net pode ser viciante, perturbadora, ou não, na vida das pessoas.
Cada um, aqui, procura aquilo de que tem mais necessidade, sendo que a necessidade pode ir desde o interesse profissional, académico, didáctico, lazer, arte, música, enfim tudo o que o ser humano precisa para se manter informado e acrescentar algum valor à sua vida; e o valor que este meio de comunicação tem nesse aspecto é um bem que não podemos por em causa nem questionar.É necessário e insubstituivel.
O problema está quando a necessidade é, o de preencher vazios afectivos, aliviar a solidão e compensar as frustrações do nosso dia a dia. Seja qual for as razões de cada um, este é o meio mais rápido e sem compromissos para o fazer; porque não há regras nem limites para podermos aceder a pessoas com as quais, podemos colmatar as nossas necessidades e assim, sentirmos-nos menos sozinhos.
Neste caso, o que está em causa são sentimentos, são emoções, que naquele momento partilhamos com alguém, (que é real para nós) nos ouve, compreende-nos, aceita-nos e retribui-nos com igual intensidade, aquilo que nos vai na alma.
E, a NET, é um mundo feito de pessoas, e nada melhor do que um espaço como este para podermos ser verdadeiramente quem somos, ou, não, e encontrar pessoas com as quais o podemos ser, ou não.
O facto de não conhecermos o outro e não precisarmos de ligar a princípios, valores ou regras, que na vida real fazem parte da convivência, já é uma forma de nos livrar de qualquer tipo de compromissos e assumir o que quer que seja, dependendo claro, das intenções que se tenham e do que se quer.
Aqui, vale tudo.
Vale até, destrui vidas que estão organizadas e estabilizadas.
Vale, construir ilusões de amor, paixão e amizade, que depois se esgotam tão depressa e repentinamente tal qual como começaram.
Vale, interferir na dignidade e privacidade de cada um sem o mínimo pudor ou respeito pelos sentimentos de quem aqui está de boa fé e acredita nas palavras e nas boas intenções.
Vale entrar no mais intimo de nós e sair como se nunca lá estivessem estado.
Tudo isto, porque aqui podemos ser o que quisermos.
É este lado perverso da NET que me arrepia, mas ao mesmo tempo faz-me pensar que o ser humano, é incapaz de se satisfazer com a realidade virtual, mesmo com toda a perversidade e promiscuidade que tem, nada substitui o contacto real com o outro, só depois disso acontecer, é que o que se construi aqui e seja o que for que se construi aqui, amizade, amor, paixão, enfim, qualquer coisa que seja, só se torna compensatório, verdadeiro e satisfatório, ou não, se o encontro real acontecer.
Há uma necessidade no ser humano, que está para além do virtual, precisamos do contacto físico, de estar junto, de tocar, de olhar, sentir o calor do outro, chegar ás emoções através da troca de desejos e objectivos comuns para podermos ser gente. É preciso conhecer o olhar e os gestos do outro para nos sentirmos reais e satisfeitos com nós próprios.
Penso que não há nenhuma rede social, nenhum intercâmbio virtual que satisfaça essa necessidade do ser humano.
E ainda bem que assim é, caso contrário não tinha conhecido pessoas excelentes, (são poucas, muito poucas)... com as quais partilho as pequenas coisas da minha vida e permanecem até hoje.
domingo, 28 de março de 2010
terça-feira, 23 de março de 2010
NY...
Um dia vou lá...
Enquanto isso não acontece,...vou ver Alicia ao Pavilhão Atlantico e ouvir ao vivo esta fabulosa canção...
Lindaaa...
quarta-feira, 17 de março de 2010
segunda-feira, 15 de março de 2010
domingo, 14 de março de 2010
Se eu tivesse outra chance...
Se eu tivesse a chance de viver uma próxima vida,...queria vivê-la de trás para a frente ou seja assim:
Começar morta para não ver morrer os meus, ficava logo despachado esse assunto.
Depois, acordar num lar de idosos e ir me sentido cada vez melhor até ser expulsa por excesso de saúde, lucidez e força.
Começar a receber a reforma e gastá-la até ao último cêntimo.
Depois, trabalhar e sentir me cada vez mais jovem, sexy, sedutora e sem complexos até chegar à faculdade e Embebedar-me ao fim de semana e ser bastante promiscua durante a semana. Chegar ao secundário e começar a descobrir o sexo com os melhores Toys que existissem no mercado,
Chegar à primária brincar com bonecas e dar pontapés nos miúdos, jogar à bola e partir os vidros do primeiro andar, não ter responsabilidades, ter quem pague os prejuízos e ter quem tome conta de mim, andar de colo em colo encherem me de beijos na testa, nas bochechas e nas partes baixas, mamar na mama da minha mãe, dormir e acordar para mamar outra vez.
Finalmente, entrar num SPA de luxo e ficar lá durante 9 meses a flutuar, com todas as condições, serviço de quarto à disposição com espaço cada vez maior, aquecimento central, comida a horas e desejos saciados ás horas que me apetece
e....e.... at last but not the least...desaparecer num orgasmo...
Voilá...era o que me apetecia porque estou farta de viver de frente para trás.
Começar morta para não ver morrer os meus, ficava logo despachado esse assunto.
Depois, acordar num lar de idosos e ir me sentido cada vez melhor até ser expulsa por excesso de saúde, lucidez e força.
Começar a receber a reforma e gastá-la até ao último cêntimo.
Depois, trabalhar e sentir me cada vez mais jovem, sexy, sedutora e sem complexos até chegar à faculdade e Embebedar-me ao fim de semana e ser bastante promiscua durante a semana. Chegar ao secundário e começar a descobrir o sexo com os melhores Toys que existissem no mercado,
Chegar à primária brincar com bonecas e dar pontapés nos miúdos, jogar à bola e partir os vidros do primeiro andar, não ter responsabilidades, ter quem pague os prejuízos e ter quem tome conta de mim, andar de colo em colo encherem me de beijos na testa, nas bochechas e nas partes baixas, mamar na mama da minha mãe, dormir e acordar para mamar outra vez.
Finalmente, entrar num SPA de luxo e ficar lá durante 9 meses a flutuar, com todas as condições, serviço de quarto à disposição com espaço cada vez maior, aquecimento central, comida a horas e desejos saciados ás horas que me apetece
e....e.... at last but not the least...desaparecer num orgasmo...
Voilá...era o que me apetecia porque estou farta de viver de frente para trás.
Nota: Esqueci-me de dizer, que usei ideia e algumas palavras que aqui estão pelo meio, de um mail que recebi
domingo, 7 de março de 2010
Para lembrar essa coisa chamada BULLYING...
Desculpem a comparação...mas se há cães em que os donos são responsabilizados pelos danos que possam fazer ás pessoas e fazem,....muitas vezes até à morte das mesma.Então, porque raio não são responsabilizados os pais dos adolescentes selvagens que praticam estes actos sobre os colegas que muitas das vezes ou quase todas, são bem menores que eles....
Aquele menino que se atirou ao rio, não me sai da cabeça e o corpo dele ainda não foi encontrado.
Tenho sobrinhos e tenho medo...
Tenho medo que se cruzem um dia,... com selvagens deste tipo.
Mas, isto, é o resultado do sistema que criamos. Evoluimos socialmente para pior
e não sendo uma pessoa negativa e pessimista, porque não sou, penso que vamos perder ao longo dos tempos, o sentimento da Compaixão...
Acho que se vai perder essa parte fundamental do ser humano para se relacionar com o outro no verdadeiro sentido a palavra...
Transcrevo e subscrevo:
«Não há nada que abale tanto as profundezas do nosso sentimento moral como a crueldade. Qualquer outra falta, podemos perdoá-la; a crueldade nunca. A razão disso é que a crueldade é precisamente o contrário da piedade. Ao tomarmos conhecimento de qualquer acto de crueldade (...) somos de imediato tomados pelo horror; bradamos: "Como podem suceder semelhantes coisas?" E qual é o sentido desta pergunta? (...) O verdadeiro sentido, ei-lo, sem margem para dúvidas: Como se pode ser tão desapiedado? É pois quando uma acção se afasta em extremo da piedade, que ela carrega como um estigma o carácter de uma coisa moralmente condenável, desprezível. A piedade é por excelência o âmbito da moralidade.»
in Arthur Schopenhauer, O Fundamento da Moral
terça-feira, 2 de março de 2010
Existindo...
Se todo o ser ao vento abandonamos
E sem medo nem dó nos destruímos,
Se morremos em tudo o que sentimos
E podemos cantar, é porque estamos
Nus em sangue, embalando a própria dor
Em frente às madrugadas do amor.
Quando a manhã brilhar refloriremos
E a alma possuirá esse esplendor
Prometido nas formas que perdemos.
Sofhia de Mello Breyner
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Foto Patrick Baldwin
segunda-feira, 1 de março de 2010
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