quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Tantas...



Saudades que são só minhas...
Lágrimas por algo que nunca tive...

A tua pele...
O teu coração...
A tua boca...
Os teus lábios...
A tua lingua...
O teu amor...

Saudades que são só minhas...
Lágrimas por já não sentir o que só eu sentia...

As tuas mãos,...as tuas mãos grandes e lindas...
Os teus olhos,...os teus olhos meigos e cor de mel,...amarelos cor do sol...
O teu sorriso doce e quente...
A tua voz calma e aconchegante...
Já é sonho, já não existe...

Saudades que são só minhas...
À espera que o tempo as dilua e o sol as seque e fique apenas a memória do teu nome.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Por mim...


Foto: Margot Simpson

Os dias passam,...de vez em quando um sorriso que dou, quase que por instinto, uma palavra que sai,... sim, pois,...os olhos voltam à luz branca que tenho em frente e caio de novo nas folhas, letras e números, tenho medo que o meu pensamento me traia e ligo-me ao barulho das teclas.
O caminho de regresso era não regressar, a vontade de chegar já não existe, parece que nada faz sentido e a sensação que tenho é que vou explodir a qualquer momento, tal é a saudade que vive dentro de mim.
Chego a casa e quero sair,... para onde?...para quê?...porquê?...
Há sofrimentos que são inúteis, há coisas que são irreparáveis, o que acaba já não recomeça, antes pelo contrário, vai-se extinguindo à medida que o tempo passa.
Mas, em quanto não passa,...meu Deus,...que tormento é já não poder sentir o mesmo.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Por dentro...




Treme me o corpo...
Aos meus olhos chegam ondas salgadas que me impendem de ver...
Dentro de mim uma tempestade inútil...
O tempo não passa e a tristeza é infinita...
Por toda a casa os sinais que foram ficando...

O silêncio de tão alto não deixa ouvir a minha voz...
O pensamento não existe...
E a memória não se apaga...
Um precipício em cada passo que dou...

Medo de não resistir ao tormento de existir...
Não posso morrer por aqui...
A vida é tão rara e tão cara...
Pedaços de alegria momentos de amor...

Já nem sei onde bate o meu coração...
Se o meu sangue se transformou em água gelada...
Era tão bom que pudessemos morrer e voltar de novo sem nada...
E que todos os anjos e todo o azul do céu inundasse de novo a nossa alma...

...

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

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"As vezes passava um barco.
Era como um arado lavrando no meu coração de terra morta"


Eugénio de Andrade

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Eu...





Te Amo

Te amo de uma manera inexplicable
De una forma inconfesable
De un modo contradictorio


Te amo

Con mis estados de ánimo que son muchos
Y cambian de humor continuamente
Por lo que ya sabes,

El tiempo
La vida
La muerte

Te amo

Con el mundo que no entiendo
Con la gente que no compreende
Con la ambivalencia de mi alma
Con la incoherencia de mis actos
Con la fatalidad del destino
Con la conspiración del desejo
Con la ambigüedad de los hechos

Aún cuando te digo que no te amo, te amo
Hasta cuando te engaño, no te engaño
En el fondo, ilevo a cabo un plan
Para amarte mejor

Te amo.

Sin reflexionar, inconscientemente,
irresponsablemente, involuntariamente,
por instinto
por impulso, iracionalmente
En afecto no tengo argumentos lógicos
ni siquiera improvisados
Para fundamentar este amor que siento por ti,
que surgió misteriosamente de la nada,
Que no ha resuelto mágicamente nada
Y que milagrosamente, de a poco, con poco ya nada
Ha mejorado lo peor de mi

Te amo.

Te amo con un cuerpo que no piensa
Con un corazón que no razona,
Con una cabeza que no coordina


Te amo

incomprensiblemente
Sin preguntarme por qué te amo
Sin importarme por qué te amo
Sin cuestionarme por qué te amo

Te amo

sencillamente porque te amo
Yo mismo no se por qué te amo