domingo, 13 de setembro de 2009
Hoje gostava de...
Quantas vezes,... não temos aquela sensação de vazio dentro de nós por medo de nunca mais voltarmos a sentir o que mais queremos e ouvir as palavras que mais desejamos???!!!...
Não importa quantas vezes já as ouvimos dizer ou quantas vezes já as guardámos e sentimos.O que importa é o momento em que as desejamos ouvir e por quem as desejamos ouvir e senti-las.
O presente não é o passado e o passado não se repete e nada é como a primeira vez.
Cada momento é um passado guardado se o momento for importante.
Caso contrário, tudo se resume a instantes que se desvanecem no tempo e no lugar e pouco resta para recordar.
Ficamos à espera e nada acontece,...nem uma palavra, nem um gesto, nem um sinal...
Ás vezes, também tenho acessos de nostalgia que me irritam e me fazem desligar de mim,... precisamente porque o passado é passado e aquilo que desejamos e sentimos, não é forçosamente aquilo que o outro deseja ou sente.
É preciso aceitar isto e perceber que é difícil dizer o que não há para dizer.
Toda a gente sem excepção,... dá um pouco de si aos outros e dá quase tudo quando ama.
Mas, toda a gente sem excepção gosta de receber, nunca mais nem nunca menos daquilo que dá ao outro.
Por muito que digam que não,...não é verdade.
Esperamos, sempre, daqueles a quem mais amamos ouvir as palavras e sentir os gestos que nos tornam seres amados. Esperamos, sempre,...receber o carinho que significa lembranças e momentos que se construi e que por isso nos vêm à memória sem esforço. Nem sempre isso acontece.
O que não significa que não nos amem, só que somos, apenas, mais um e nada mais.
Fazemos parte do importante mas não somos o essencial.
Esqueço me sempre que nunca somos o essencial para os outros, apenas, para nós próprios.
É isso que nos transforma, depois, o ser ou não ser para o outro.
Manter a nossa independência e não a dependência de alguém, é o mais importante. É a única forma de saber que somos amados e desejados.
Portanto,... ás vezes,... também,... se tem acessos de nostalgia, angustia e ansiedade, que nos faz pôr em dúvida tudo o que vivemos e sentimos.
Acabamos por ficar assim,... irracionais,...porque até somos felizes com o que temos e com o que recebemos e continuamos a receber.
Sabemos que gostam de nós,... que somos desejados e ás vezes únicos para alguns.
E, perguntamos o que é que nos falta???!!!...
E, eu, ás vezes, tenho que responder...
- Nada e Tudo!...
Hoje gostava de...não sentir assim.
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Fotgrafia by Fernanda
domingo, 6 de setembro de 2009
Em ti...
...
Foto de: RAPHAEL o pensativo
Cavalo à Solta
Minha laranja amarga e doce
meu poema
feito de gomos de saudade
minha pena
pesada e leve
secreta e pura
minha passagem para o breve, breve
instante da loucura
Minha ousadia
meu galope
minha rédea
meu potro doido
minha chama
minha réstia
de luz intensa
de voz aberta
minha denúncia do que pensa
do que sente a gente certa
Em ti respiro
em ti eu provo
por ti consigo
esta força que de novo
em ti persigo
em ti percorro
cavalo à solta
pela margem do teu corpo
Minha alegria
minha amargura
minha coragem de correr contra a ternura.
Por isso digo
canção castigo
amêndoa travo corpo alma amante amigo
por isso canto
por isso digo
alpendre casa cama arca do meu trigo
Meu desafio
minha aventura
minha coragem de correr contra a ternura
Um poema de Ary dos Santos
Foto de: RAPHAEL o pensativo
Cavalo à Solta
Minha laranja amarga e doce
meu poema
feito de gomos de saudade
minha pena
pesada e leve
secreta e pura
minha passagem para o breve, breve
instante da loucura
Minha ousadia
meu galope
minha rédea
meu potro doido
minha chama
minha réstia
de luz intensa
de voz aberta
minha denúncia do que pensa
do que sente a gente certa
Em ti respiro
em ti eu provo
por ti consigo
esta força que de novo
em ti persigo
em ti percorro
cavalo à solta
pela margem do teu corpo
Minha alegria
minha amargura
minha coragem de correr contra a ternura.
Por isso digo
canção castigo
amêndoa travo corpo alma amante amigo
por isso canto
por isso digo
alpendre casa cama arca do meu trigo
Meu desafio
minha aventura
minha coragem de correr contra a ternura
Um poema de Ary dos Santos
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